Outono envolto em mistério: Um encontro enigmático na cidade silenciosa

Naquele dia de outono, a cidade estava imersa num abraço silencioso, com o ar repleto de folhas em tons quentes que flutuavam suavemente ao sabor do vento. O cenário parecia saído de um conto, onde as luzes dos candeeiros se dissipavam no nevoeiro denso, formando sombras e figuras indistintas. Era um ambiente hipnótico, quase místico, onde cada passo na calçada gasta parecia ecoar por eras passadas, interrompido apenas pelo som distante de corvos na floresta.

Enquanto me aproximava da antiga biblioteca, uma sensação incômoda de estar sendo observada tomou conta de mim, Olhei em volta, para as portas e janelas medievais, mas o vazio persistia. Mesmo assim, o desconforto crescia a cada passo, como se algo ou alguém estivesse à espreita. Foi então que, ao virar a cabeça, reparei num gato pousado sobre um muro coberto de musgo. Com o pelo espesso e riscado em tons de cinza, ele me encarava com olhos grandes e amarelos, penetrantes, que pareciam desvendar meus pensamentos mais profundos.

Acelerando o passo, tentei me afastar da inquietante criatura, mas, antes de entrar na biblioteca, não pude evitar lançar um último olhar por cima do ombro, Lá estava ele, imóvel, com os olhos fixos em mim, como se soubesse algo que eu não sabia, A cidade, com seu outono silencioso e nevoeiro denso, havia se tornado o cenário perfeito para um mistério que, talvez, apenas começasse a se desenrolar.

Publicado por andreasimoes52

Jornalista

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